Já faz um bom tempo que de vez em quando vem a idéia de criar um espaço só pra mim, que tenha a minha cara, aquela coisa bem egoísta e possessiva mesmo de poder olhar pra coisa e pensar: isso é meu, faço o que quiser e tudo o que foi feito é de responsabilidade minha. Hoje estava aqui no computador, a idéia veio de novo e pensei: por que não? E aqui está a Espaçonave, meu projeto solo. Ela não está pronta e acabada ainda, faltam os links, os detalhes, toques pessoais e outras coisinhas. Isso não significa que vou sair do Soltando Umas, mas minha presença por aqui vai ser bem menos freqüente. Talvez eu desista pelo meio do caminho e volte a ser exclusiva daqui. Talvez não. Posso ainda desistir de vez de escrever, tudo pode acontecer nessa experiência. Falar em experiência, acabei de pensar em outro nome bom para blog: tubo de ensaio. Mas já existe, pelo menos no blogspot. E tem uma única coisa escrita: calé? Como alguém gasta um nome bom desses com isso??? Pois já dei a notícia. Se alguém sentir falta do que eu escrevo já sabe onde me procurar!
Acho que o leitor assíduo deste blog (se existirem leitores assíduos neste blog) ao ler a primeira frase de um post já sabe quem está escrevendo. Neste exato momento, se você leitor ainda não descobriu quem escreve, deve estar tentando descobrir. Mas é muito fácil! Somos mesmo duas cabeças, dois estilos diferentes, como tem escrito na frasezinha que roda, vivendo vidas completamente diferentes. Mas isso não impede que sejamos amigas. Cada uma tem suas virtudes, seus defeitos, suas perdas e ganhos. E nos gostamos apesar de tudo. Feliz dia da Mulher, Ariadne!!! Seja muito feliz, viu? Não deixe que pequenos detalhes que só você percebe interfiram na sua felicidade. E um beijo grande!
Muitas vezes quando não conseguimos compreender e resolver um problema (não só os de matemática) é porque faltam dados. Ou os dados não existem ou não estão em nosso alcance, não fazem parte de nosso conhecimento. Nessas questões sobre o que acontece depois que a gente morre, o sentido da vida, essas coisas, o homem não consegue e acho que nunca vai conseguir ter acesso a todos esses dados. E até em questões simples, cotidianas, muitas vezes entendemos tudo errado porque não temos todas as peças, porque vemos apenas um pedaço que pode ser relacionado a muitas outras coisas além da coisa principal, que está oculta. Ou nem chegamos a imaginar o que há por trás de peças soltas que parecem não significar nada, até que uma peça central se encaixe em todas elas.
Muitas vezes escrevo como peças soltas, dados isolados. Na tentativa de não me expor, acabo não dizendo nada. Não só não vão resolver meu problema como não vão entender nada! E não sei se essa técnica de levar as coisas para outro caminho com o objetivo de ocultar mais ainda o real objetivo convence alguém. Talvez sim, talvez não. Pessoas são complicadas, sempre têm dados faltando.
É engraçado. Alguns falam que o segredo da felicidade é prestar atenção às pequenas coisas. Outros dizem que não se deve deixar afetar pelas pequenas coisas. Quem for ouvir todo mundo, então, vai ficar é doido! Se for seguir sempre os primeiros, pode se alegrar com imagens bonitinhas, palavras doces, sutis demonstrações de carinho, mas vai se enfurecer com buzinadas no trânsito, atrasos de 5 minutos, leves divergências de opinião e coisas do tipo. O segundo, por outro lado, pode até se desligar das chateações desnecessárias, mas vai desperdiçar todos os pequenos prazeres da vida. Mas não é sempre assim? Não dá pra criar um padrão perfeito e que dê certo com todos os casos! É por isso que o ser humano nasceu com a capacidade de pensar, pra poder decidir o que fazer em cada situação avaliando os vários aspectos. Ou pra agir por impulso também, ele que escolhe! É por isso que não acredito nas fórmulas de felicidade e conselhos pré-fabricados. Mas, se fosse escrever um livro de auto-ajuda, lá vai uma das possíveis frases que colocaria nele: A solução é enxergar as pequenas coisas como algo que a gente deve dar importância quando são boas e desconsiderar, deixar pra lá, quando são ruins.
Vontades de escrever um conto. Mas esse conto contaria tanto que é melhor nem ser escrito, ficar perdido em uma só mente até ter seu desfecho. Ou não ter desfecho, ficar em aberto até o esquecimento. Daqui a pouco as duas frases de impacto já elaboradas vão se misturar, e se perder, e se tornar apenas palavras sem conexão até que nem mais as palavras tenham algo a ver com o contexto. E nem mais o contexto tenha a ver com o escritor. Que nesse momento poderia escrever o conto, mas não teria mais motivos, nem frases, nem palavras, nem letras. Nem inspiração. O conto está morto e sepultado mesmo antes de nascer. Nesse exato momento milhares de outros escritores, famosos ou anônimos, escrevem milhares de outros contos. Um a mais, um a menos, se não for incrivelmente genial e brilhante, não faz diferença.
Vontades de escrever qualquer coisa. Aí está qualquer coisa, inofensiva como deve ser.
Queria descobrir quem foi que inventou que carnaval é sinônimo de sofrimento. Comer mal, dormir 5 da madrugada e acordar 7 com som de carro ou com algum babaca batendo panela, se melar, ficar sem ar no meio da multidão, beber até passar mal, essas coisas. Seja quem foi que inventou, não concordo com esse cara. Pra mim, carnaval é um feriado grande que a gente pode aproveitar pra fazer o que quiser, ou até não fazer nada se não quiser. Juntar boas pessoas e ir para um bom lugar, se divertir, curtir, fazer o que trouxer felicidade. E, se tem gente que se alegra pulando no meio da multidão e enchendo a cara, pra mim ser feliz é se cercar de pessoas legais sabendo quem é cada uma, ouvir, dançar e pular qualquer música, não só a nova onda do momento, sentar quando bater o cansaço, ter contato com a natureza, tomar banho de cachoeira, de chuva, pegar vento, mas sem pegar gripe, essas coisas. Passei esse carnaval em Guaramiranga. Apesar de as atrações do festival de Jazz e Blues serem bastante elitizadas, sobrando para os pobres mortais apenas uma coisinha, a cidade tem vários outros atrativos. E fui em ótima companhia, com pessoas que já conhecia e outras que adorei conhecer. Chego feliz depois de cinco dias que pareceram dois, de tão rápido que passaram. E nunca mais canto: "carnaval, carnaval... Eu fico triste quando chega o carnaval."
P.S.: Pra completar o mar de coisas boas, o médico manipulador (não de remédios) saiu da casa do Big Brother com a maior rejeição da história. Pena que eu nem vi...
Atualizando... Outras visões (ou visões de outros) sobre o mesmo tema. Humberto Charles
Dizem que a vantagem da música instrumental é que não tem uma letra pra restringir as suas possibilidades. Você escuta e pensa o que quiser, ou não pensa, sei lá. Simplesmente sente. Essa é uma vantagem também de músicas em outras línguas. Não precisa se preocupar se o que está sendo dito é a maior besteira do mundo ou se é algo interessante. Até porque é muito difícil alguém conseguir fazer letra e música realmente boas e que combinem perfeitamente entre si. Muitas vezes escuto uma música em inglês e sinto uma coisa, depois que vou traduzir vejo que a letra é completamente diferente do sentimento. Não por culpa da banda, mas um som passa diferentes sensações para diferentes pessoas. Tem gente que se diverte demais ouvindo forró, por exemplo. Voltando: a música perde parte de seu encanto quando a letra não bate com a imagem que surgiu através dos sons (entendeu?). Daí alguém diz que tal música traz felicidade. O outro retruca: mas como, se ela fala de morte e solidão? Pronto! Acabou de estragar a felicidade do primeiro, a não ser que ele não seja influenciável.
Uma época tinha descoberto que música era poesia aplicada, bem mais divertida que a poesia pura. Pode até ser, dependendo da música. Mas atualmente estou bem mais concentrada no aspecto sonoro. Que pode até ser considerado poesia, se alguém inventar. Mas não se pode colocar em um papel. E as partituras? Nunca vão ser completas.
Sim, estou assistindo o Big Brother. Quem não gostar pode parar de ler por aqui. Não vou inventar explicações sociológicas de investigação do comportamento humano como desculpa. A grande explicação é a esperteza da Globo de começar o programa nas férias, pra pessoa que está desocupada (é o caso) se apegar e depois continuar assistindo até o fim. Agora uma coisa que eu não entendo. Esse pessoal parece que não assistiu às versões passadas do programa. Quem faz panelinha e tenta manipular os outros não ganha, nunca ganhou nenhum Big Brother (me corrijam se estiver errada). Pra ganhar tem que se fazer de burro, coitado e inofensivo. No caso das mulheres (bonitas), tudo bem, em geral a luta é pra durar mais no programa, ter mais exposição na mídia e conseguir posar em revistas e ganhar dinheiro depois. Aí daria certo jogar pra tentar ficar mais tempo. Mas os homens em geral são esquecidos, então o melhor é buscar o prêmio sendo um bobão gente boa, de preferência dando em cima ou tendo casos com as mulheres mais bonitas.
Não, não concordo de jeito nenhum com isso. É só uma constatação da realidade (quer dizer, aquilo não é bem realidade, na verdade é quase uma realidade paralela). Hoje eu torci pelo gay, aliás acho que foi uma jogada ótima dele dizer que era gay na frente de todo mundo. Mas ele não ganha. Nunca um gay ganhou. Mas perder tempo assistindo e ainda perder tempo comentando é exagero. Só falta perder dinheiro ligando, mas não tem nem perigo, essa não sou eu.
Tsunami. Destruição. Dezenas de milhares de mortos e milhões de desabrigados na Índia, Indonésia, Sri Lanka... Por que então só falam da Tailândia??? Será que os mortos de lá têm mais valor só porque muitos são turistas cheios de dinheiro??? A vida de um turista vale mais que a vida de dez nativos??? É, acho que sim. Turistas trazem divisas para o país, enquanto nativos só pagam impostos. Vai ver o valor da vida é o valor do que a pessoa tinha quando era viva.
O problema de jogar jogos de tabuleiro na internet é que as pessoas não percebem que estão jogando contra outras pessoas. Parece até que estão jogando contra o computador, pois abandonam o jogo quando estão perdendo, demoram, em geral não têm a menor consideração com a pessoa que está do outro lado. Bando de egoístas!!!
Nem sei porque abri o publicador. Nem sei também se esse porque é junto mesmo. Mas não sei mesmo por que motivo (gostou?) estou escrevendo isto. Estou de férias (trabalho e faculdade), mas não sei a quem isso interessa. Estou em paz, mas não sei bem o que isso significa. E não sei por quanto tempo. Sei que vou parar por aqui.
Quando este blog surgiu, tínhamos a intenção de soltar nossas idéias e pensamentos pelo mundo. Reduzimos um bocado nossas ambições, mas o objetivo de expressar idéias continuou. Sabemos que o uso mais freqüente de um blog é como diário virtual. Mas não é esse o nosso objetivo. Não achamos correto ver todas as nossas intimidades expostas a qualquer estranho. Para escrever intimidades, um papel ou um diário rosa com cadeado. Para falar com outras pessoas, uma conversa, um telefonema ou mesmo um e-mail. No blog só aquilo que todos estão autorizados a saber.
Porém nem todos os postadores seguem o mesmo objetivo. É por isso que as fundadoras do Soltando Umas decidiram continuar o caminho sozinhas. Esperamos não gerar constrangimento ou ressentimentos de nenhuma espécie.