Adaptação. É a palavra chave para o ser humano. Uma espécie que consegue viver tanto em desertos quanto em lugares completamente gelados, que consegue dar condições de vida aos mais fracos fisicamente, curar e prevenir doenças e outras coisas mais, certamente tem um poder de adaptação muito forte.
E o ser humano se adapta não só como espécie, mas como indivíduo. Você, por exemplo. Certamente já passou por um período em que teve que aumentar o tempo dedicado a suas obrigações (estudar mais, fazer um curso, arranjar um emprego etc.) Ou mesmo mudou de colégio, de trabalho, de cidade, de vida, ou perdeu ou ficou mais distante de pessoas queridas. E certamente isso foi difícil no começo. Mas depois você se acostumou.
Pois é, perder não é uma experiência agradável. Mas o ser humano tem outra tendência que compensa a perda: a substituição. E com o tempo, as pessoas, coisas ou situações perdidas (mesmo que parcialmente) vão sendo substituídas (mesmo que parcialmente também) por outras. Fica a saudade, as boas lembranças, mas a tristeza da perda não fica para sempre. E tudo bem, não vamos substituir os amigos só porque eles não estão mais ali, ao nosso lado toda hora. Só porque eles nem sempre estão acessíveis quando precisamos deles. Mas as situações do dia a dia, essas sim podem ser substituídas sem peso na consciência!