Que merda, vou falar de chocolate, abro o
abobra e é disso que eles estão falando. Mas deixa pra lá.
Passou a páscoa. Celebração da ressureição de Jesus e do aumento de vendas das indústrias e lojas de chocolate. Joãozinho ganhou ovos de páscoa da mãe, do pai, das avós e do amigo secreto. Chocolate que não acaba mais! Comia toda hora. Não almoçava, não jantava, vivia de chocolate. Teve dor de barriga e foi parar no hospital. Hoje, não aguenta mais olhar pra cara do chocolate. Deu o que sobrou para sua irmã, Mariazinha.
Mariazinha também ganhou ovos de páscoa. Começou a também comer freqüentemente. Mas, com seu poder de observação, percebeu que a primeira mordida era sempre a mais prazeirosa. A segunda e a terceira também proporcionavam prazer. Porém, a partir da quarta mordida, o chocolate passava a ser como uma comida qualquer. A menina pensou e concluiu que a função do chocolate é dar prazer. Então, decidiu que só o comeria enquanto sentisse prazer. A partir do momento em que o chocolate perdesse o encanto, ela guardaria para comer depois. Dessa forma, ela não teria dor de barriga e nem enjoaria do chocolate.
Mariazinha, menina esperta, nos ensina coisas não só sobre chocolate, mas sobre a vida. O que é banalizado deixa de ser bom, vira comum. E se algo tem a única função de ser bom, que seja bom, ora mais! Então, não banalizemos o que é bom!