Ele tem cara de bicho
Daqueles que dá vontade de chamar, de brincar,
De fazer carinho na cabecinha.
Ela é uma insegura
E gosta de gatos
(de todas as espécies).
Ele, não se sabe.
Algo os põe lado a lado.
Descobrem afinidades.
O algo acaba e se afastam.
Se reencontrariam.
Mas não mais lado a lado,
Tudo dependeria deles.
Nada!
Se tratam como estranhos.
Ela pensa no que fazer
É daquele tipo que pensa muito e não faz nada!
Ele olha de vez em quando.
Não mais que ela.
Que conversa com outro.
Amigo.
Sobre assuntos outros.
Ele chega perto.
Logo se afasta.
Ela pensa no que poderia ter feito
E não fez.
Ela se aproxima.
Trocam palavras com pouco significado.
Logo voltam a se estranhar.
E assim vai acontecendo...
Chega a hora da partida.
Olham um para o outro,
Sem querer que o outro perceba.
Mas percebem, sorriem,
Ficam sérios de novo.
Ele sai sem dizer tchau.
Pensando que teria que voltar ali.
Ela não estaria.
Mas o que importa?
Ela fica olhando
Vendo aquela imagem diminuir
Até sumir por completo.
Ele nem olha pra trás.
Por um instante, ela pensa como é inútil.
Como poderia ter evitado o nada
Simplesmente fazendo alguma coisa.
Nada mais a fazer!
Escrevi isso agora pensando naquela coisa de assumir a consequência de seus atos. Nesse caso, o acaso juntou as pessoas, mas quando elas teriam que seguir por suas próprias pernas não fizeram. Sendo ponderada dessa vez, é lógico que em muitos casos há um impedimento externo. Mas nesse caso, foi vacilo mesmo. E já era! Tudo bem, essas minhas criaturas poderiam até se cruzar de novo, mas não vão, pra deixarem de ser bestas!!!
P.S.: Estou entrando na onda dos versinhos. Isso ia ser o título em negrito, mas títulos em negrito são minha marca registrada, então resolvi confundir você. Aposto que você pensou que era a Ariadne ou a Gabrielle...